
Comércio justo: novas direções para o desenvolvimento econômico e social
Importante conhecer. Uma realidade a ser praticada no Brasil em varios ramos e atividades.
A prática do chamado Comércio Justo (Fair Trade) tem origem nos anos 60 na Europa e nos Estados Unidos, quando os consumidores mais conscientes, motivados pelo clima de mudanças sociais e políticas daquele período, começaram a exigir produtos que não fossem fabricados com exploração de mão-de-obra em países do Terceiro Mundo e que tivessem um preço justo.
Nos dias de hoje, com o avanço do capitalismo globalizado, o movimento vem ganhando força. Como se sabe, o capitalismo estruturou-se historicamente a partir de uma lógica competitiva e excludente, fundamentada essencialmente na utilização de todos os meios disponíveis para maximizar lucros.
Essa lógica tende a dividir a economia em vencedores e perdedores. Integram a minoria de vencedores as empresas mais capazes de aproveitar oportunidades e liderar mercados, os gestores e trabalhadores mais qualificados, os consumidores com acesso aos bens e serviços mais sofisticados. A maioria de perdedores ou excluídos inclui as empresas lançadas à informalidade, os empreendimentos fracassados, os trabalhadores de baixa qualificação e sub-remunerados, os desempregados, as amplas parcelas da população que, especialmente no Terceiro Mundo, ficam praticamente excluídas do mercado de consumo.
A tarefa de atenuar ou contrabalançar os conflitos e desigualdades do sistema capitalista coube historicamente ao Estado de Bem-Estar Social. Porém, apenas em alguns países do Primeiro Mundo o Estado de Bem-Estar Social concretizou-se de forma a conseguir exercer esse papel com sucesso.
O comércio justo pode ser compreendido tanto como uma prática econômica alternativa ao modelo de organização da sociedade capitalista, quanto como um movimento de reorganização e aprimoramento ético do sistema capitalista.
Princípios
Princípios
- A preocupação e o respeito pelas pessoas e pelo ambiente, colocando as pessoas acima do [comerciante];
- A criação de meios e oportunidades para os produtores melhorarem as suas condições de vida e de trabalho, incluindo o pagamento de um preço justo (um preço que cubra os custos de um rendimento aceitável, da protecção ambiental e da segurança económica);
- Abertura e transparência quanto à estrutura das organizações e todos os aspectos da sua actividade, e informação mútua, entre todos os intervenientes na cadeia comercial, sobre os seus produtos e métodos de comercialização;
- Envolvimento dos produtores, voluntários e empregados nas tomadas de decisão que os afectam;
A protecção dos direitos humanos , nomeadamente os das mulheres, das crianças e dos povos indivenas.
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